sexta-feira, 13 de maio de 2011
Comando da Polícia Militar abre processo contra sindicalistas Major Fragoso e cabo Wagner Simas serão submetidos a investigação ‘por terem incitado atos contra a corporação’ A assessoria de comunicação da Polícia Militar de Alagoas informou, no início da noite desta quarta-feira (11), que o comando da corporação abrirá procedimento administrativo disciplinar em desfavor do major José Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais Militares (Assomal), e do cabo Wagner Simas, que preside a Associação dos Praças (Aspra). Segundo a assessoria, ambos serão submetidos à investigação pela Corregedoria da PM porque teriam ‘incitado a categoria a participar de intensos protestos contra o Governo do Estado’. As portarias deverão ser publicadas na edição desta quinta-feira (12) do Diário Oficial do Estado e são os primeiros frutos do anúncio feito nesta quarta pelo secretário de Defesa Social, coronel Dário César, assegurando que todos os envolvidos na manifestação que quase culminou com invasão da sede da Assembleia Legislativa serão devidamente punidos. Já diante da ameaça de punição, Simas chegou a afirmar à gazetaweb, na última quarta-feira (04), que poderia sofrer sanção ‘apenas por reivindicar direitos da categoria’. “Até posso ter infringido o regulamento, já que a legislação em vigor é extremamente arcaica. Quanto mais puderem usar de poder ditatorial contra os movimentos, melhor para eles. O que nos provoca indignação é o fato de estarmos sendo punidos porque estamos lutando por dignidade salarial”, comentou o sindicalista, que participou de manifestação que tomou as ruas do centro de Maceió na tarde dessa terça-feira (10) – quando policiais civis e militares se uniram a outros servidores estaduais para protestarem contra o reajuste salarial proposto pelo Governo do Estado, de apenas 5,91%. “Quem está comandando a polícia parece não entender que o reajuste que cobramos irá refletir positivamente no bolso dos coronéis, ou seja, no bolso daqueles que estão nos perseguindo”, alfinetou Wagner Simas. Segundo ele, os policiais militares reivindicam 7% de reajuste salarial e revisão nos subsídios. “Os sete por cento deveriam ter sido dados ainda no ano dois mil e sete, mas nunca saíram do papel. Também queremos a correção dos quinquênios, que só é feita para os coronéis. Ou seja, os benefícios têm de ser concedidos por igual, do praça ao coronel”, emendou. Fonte: Gazeta Web
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