Febraban: estrutura bancária é insuficiente para Copa
Agência EstadoCrys Bomfim / AG. A TARDE
Melhora dos serviços bancários é esperada com a Copa 2014
O atendimento aos turistas estrangeiros que visitarão o Brasil nos períodos da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 vai exigir uma remodelação completa da estrutura bancária e das agências de câmbio. De acordo com o diretor técnico da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Wilson Gutierrez, o atual número de postos de atendimento para saque e troca de moedas não é suficiente para a demanda esperada durante esses grandes eventos esportivos.
Em seminário sobre câmbio manual e transferência de pequenos valores realizado hoje na sede do Banco Central, Gutierrez afirmou que a burocracia atual para essas transações - que exigem a identificação, além da análise e provação dos documentos das pessoas que desejam trocar divisas - demanda uma ampliação dos postos de atendimento em aeroportos e pontos turísticos. Além disso, o aumento dessas transações exigirá uma maior segurança das agências.
Outro ponto sensível, destacou o representante da Febraban, será a dificuldade em se manter estoques de moedas não conversíveis, ou seja, de turistas oriundos de países que não estão no centro do comércio mundial. "Há também a preocupação com a elevação da quantidade de cédulas falsas, e por isso é preciso orientar áreas de atendimento, com intensificação do treinamento", completou Gutierrez.
Para a Febraban, a organização desses eventos esportivos também criará demandas adicionais para os serviços de transportes de valores, além da expansão das redes de comunicação para prover segurança também às transações eletrônicas. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio (Abracam), Liberal Leandro Gomes, o custo do transporte dessas moedas para as cidades mais distantes das grandes capitais pode elevar o preço das divisas. Por isso, sugeriu uma menor burocracia no processo de câmbio de pequenos valores, que poderia diminuir o custo e agilizar as transações.
"Também sugerimos que algumas cadeias de estabelecimentos, como hotéis e restaurantes, possam trabalhar com moeda estrangeira, via convênio com instituições autorizadas pelo BC", propõe Gomes. Segundo ele, muitos profissionais, como taxistas e trabalhadores da rede hoteleira, têm receio de trocarem pequenos valores recebidos como pagamentos ou gorjetas de turistas estrangeiros, devido à burocracia da identificação.
Mudança na lei
A modernização e a simplificação das operações de câmbio têm sido discutidas desde ontem na sede da autoridade monetária, tendo como horizonte a Copa do Mundo de 2014. Na manhã de hoje, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) se comprometeu a examinar a atual legislação para, se possível, propor uma alteração que descriminalize pequenas transações comerciais no País com o uso de moedas estrangeiras.
Ontem, representantes do Ministério Público argumentaram que a autorização para essas transações abriria espaço para a lavagem de dinheiro, mas Dornelles considerou que a legislação não deve ser elaborada apenas "olhando para o ilícito". "É como proibir o uso dos cheques porque existem cheques sem fundo", comparou.
O diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, Sidnei Corrêa Marques, afirmou que o regime cambial brasileiro na parte de comércio é adequado para as condições do País, mas admitiu que ainda existem problemas de capilaridade e custo na parte de câmbio manual. "Simplificação e modernização são necessárias para compatibilizar nosso sistema à internacionalização da nossa economia. Mas as alterações devem ser feitas com controle, equilíbrio e respeitando acordos internacionais contra lavagem de dinheiro", ressaltou.
Em seminário sobre câmbio manual e transferência de pequenos valores realizado hoje na sede do Banco Central, Gutierrez afirmou que a burocracia atual para essas transações - que exigem a identificação, além da análise e provação dos documentos das pessoas que desejam trocar divisas - demanda uma ampliação dos postos de atendimento em aeroportos e pontos turísticos. Além disso, o aumento dessas transações exigirá uma maior segurança das agências.
Outro ponto sensível, destacou o representante da Febraban, será a dificuldade em se manter estoques de moedas não conversíveis, ou seja, de turistas oriundos de países que não estão no centro do comércio mundial. "Há também a preocupação com a elevação da quantidade de cédulas falsas, e por isso é preciso orientar áreas de atendimento, com intensificação do treinamento", completou Gutierrez.
Para a Febraban, a organização desses eventos esportivos também criará demandas adicionais para os serviços de transportes de valores, além da expansão das redes de comunicação para prover segurança também às transações eletrônicas. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio (Abracam), Liberal Leandro Gomes, o custo do transporte dessas moedas para as cidades mais distantes das grandes capitais pode elevar o preço das divisas. Por isso, sugeriu uma menor burocracia no processo de câmbio de pequenos valores, que poderia diminuir o custo e agilizar as transações.
"Também sugerimos que algumas cadeias de estabelecimentos, como hotéis e restaurantes, possam trabalhar com moeda estrangeira, via convênio com instituições autorizadas pelo BC", propõe Gomes. Segundo ele, muitos profissionais, como taxistas e trabalhadores da rede hoteleira, têm receio de trocarem pequenos valores recebidos como pagamentos ou gorjetas de turistas estrangeiros, devido à burocracia da identificação.
Mudança na lei
A modernização e a simplificação das operações de câmbio têm sido discutidas desde ontem na sede da autoridade monetária, tendo como horizonte a Copa do Mundo de 2014. Na manhã de hoje, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) se comprometeu a examinar a atual legislação para, se possível, propor uma alteração que descriminalize pequenas transações comerciais no País com o uso de moedas estrangeiras.
Ontem, representantes do Ministério Público argumentaram que a autorização para essas transações abriria espaço para a lavagem de dinheiro, mas Dornelles considerou que a legislação não deve ser elaborada apenas "olhando para o ilícito". "É como proibir o uso dos cheques porque existem cheques sem fundo", comparou.
O diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, Sidnei Corrêa Marques, afirmou que o regime cambial brasileiro na parte de comércio é adequado para as condições do País, mas admitiu que ainda existem problemas de capilaridade e custo na parte de câmbio manual. "Simplificação e modernização são necessárias para compatibilizar nosso sistema à internacionalização da nossa economia. Mas as alterações devem ser feitas com controle, equilíbrio e respeitando acordos internacionais contra lavagem de dinheiro", ressaltou.
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