domingo, 22 de maio de 2011

Por Folha de SP 22/05/2011 às 01:42 “Fui detido por distribuir jornal”, diz o estudante de história Júlio Delmanto. As seis pessoas detidas por participarem do protesto contra a proibição da Marcha da Maconha em São Paulo foram liberadas no final da tarde deste sábado. De acordo com a Polícia Militar, três dos detidos assinaram termo circunstanciado no 78º DP (Jardins) e outros três foram liberados antes. O evento, proibido pela Justiça na noite desta sexta-feira (20), juntou cerca de mil pessoas entre a avenida Paulista e a rua da Consolação (região central de São Paulo). Os manifestantes mudaram o teor do movimento para uma defesa da liberdade de expressão. Segundo o estudante de história Júlio Delmanto, 25, ele estava distribuindo o jornal “O Antiproibicionista”, do grupo DAR (Desentorpecendo A Razão), que é um dos organizadores da marcha, quando viu policiais militares da Tropa de Choque agredindo manifestantes com cassetetes. “Eu estava justamente contendo as pessoas, para evitar o confronto a qualquer preço, quando fui preso”, diz ele. Além dele, também foi detido o estudante de psicologia Lucas Gordon, 23. A polícia não revelou o nome dos outros detidos. Segundo Delmanto, foi feita uma reunião com um capitão e um major da Polícia Militar na tarde de sexta-feira –antes da proibição da marcha– e ficou definido que a polícia apenas acompanharia o ato pela liberdade de expressão, caso a marcha fosse proibida. “Mas mandaram 30 ou 40 policiais da Tropa de Choque da PM. Nós cobrimos as faixas com maconha e orientamos as pessoas a tirarem as camisas. Eles não cumpriram o acordo. Fui detido por distribuir jornal”, diz Delmanto. A assessoria de imprensa da Polícia Militar não se manifestou sobre o acordo. BOMBAS O protesto começou por volta das 15h30 e as detenções ocorreram meia hora depois. Em seguida, a PM começou a usar bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Um grupo de manifestantes chegou a ir até a delegacia para protestar contra as detenções e a violência policial. Os organizadores da Marcha da Maconha pretendem marcar uma nova marcha depois que o Supremo Tribunal Federal julgar a constitucionalidade do evento, o que acreditam que vá ocorrer em um mês. postado por: Rosália Custódia de S. Evangelista

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