quinta-feira, 19 de maio de 2011
SP: morte de aluno reabre debate sobre presença da PM na USP O assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, 24 anos, no estacionamento da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) na noite de quarta-feira reabriu a discussão sobre a possibilidade da presença da Polícia Militar no interior do campus. O assunto, sensível à comunidade acadêmica, será discutido no âmbito da reitoria. Os alunos da FEA entregaram na manhã desta quinta-feira uma carta à reitoria lembrando que “os casos de violência na USP têm se tornado uma triste constante. Nos últimos meses, sequestros, assaltos e furtos passaram a preocupar alunos, professores e funcionários. Há a necessidade de se debater a segurança no cotidiano universitário”, diz um trecho do documento. De acordo com o diretor da FEA, Reinaldo Guerreiro, medidas de segurança já vêm sendo tomadas, mas em sua opinião, um outro modelo de segurança deve ser implantado pela universidade. “Hoje, a segurança é feita internamente, com homens desarmados. Não conheço os aspectos legais, já que a segurança é vinculada à reitoria. Porém, eu sou favorável à presença de policiais aqui”, diz. Sobre notícias de recentes sequestros-relampago no interior do campus, além de roubos e furtos, ele diz que a USP não vive uma epidemia de ocorrências. “Os registros não estão fora da curva. Estamos sujeitos aqui a ocorrências desse tipo como em qualquer outro lugar da cidade. Não me sinto mais ou menos inseguro aqui”, disse. Guerreiro lembra que dentro do campus da USP, instalado em uma grande área verde, há locais praticamente desertos e de difícil acesso. A Iluminação também fica prejudicada por causa da vegetação. Para aumentar a segurança, ele diz que foram instaladas recentemente cerca de 150 câmeras de monitoramento dentro dos prédios da FEA. A instalação de catracas e melhoria na iluminação também está nos planos. De acordo com o aluno mexicano Cristóbal Alba, 22 anos, a situação da USP não é diferente da realidade de úniversidades de outros países. “Venho de um país que também tem problemas de violência e infelizmente são situações comuns no México, na França ou nos Estados Unidos”, diz. Ele lembra, porém, que estamos no século 21 e que a segurança, antes de tudo, precisa ser tecnológica. “Há diversos meios para se monitorar a situação dentro da faculdade, não somente com a presença de policiais.” As aulas estarão suspensas por todo o dia na FEA. O enterro de Felipe, aluno do 5º ano do curso de Ciências Atuariais, está previsto para as 16h no cemitério da Saudade em Caieiras, na Grande São Paulo. Fonte: Terra
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